A ministra da Justiça, Rita Júdice, receberá hoje sindicatos dos guardas prisionais para apresentação de contrapropostas para a criação de um suplemento de missão, tema que tem gerado protestos e revolta entre as Forças de Segurança.
Hoje são recebidos a Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional.
Ainda ontem, recorde-se, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, reuniu com as organizações e associações de elementos da PSP e militares da GNR sobre o mesmo tema, ao mesmo tempo que, no Terreiro do Paço, se juntou um protesto com centenas de participantes das Forças de Segurança.
A reunião de hoje estava prevista para a semana passada, mas foi desmarcada (e sem nova data), mantendo-se a data de hoje, que já estava agendada.
“Neste momento é preocupante a desmarcação da reunião porque começamos uma ronda negocial onde íamos criar a valorização salarial do corpo da guarda prisional através do suplemento de missão e a senhora ministra desmarcou a reunião sem avisar a data”, disse à Lusa na altura o dirigente do SNCGP Frederico Morais.
No encontro anterior, tinha ficado agendada reunião para seguinte, para que os três sindicatos representativos da classe – SNCGP, Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional, e Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional – pudessem apresentar a sua contraproposta para a criação de um suplemento de risco, depois de terem classificado a proposta da tutela como “humilhante” para os guardas, chegando mesmo a representar perda salarial. No entanto tal não veio a acontecer.
A ministra Rita Alarcão Júdice apresentou no início do mês a estes sindicatos a mesma proposta que já na anteriormente havia sido feita aos sindicatos da GNR e da PSP pelo Ministério da Administração Interna, e que prevê um suplemento de 12% para comissários, de 9% para chefias e de 7% para os guardas.
“Como a senhora ministra disse, é urgente e emergente resolver o problema do corpo da guarda prisional e o corpo da guarda prisional não tem tempo para esperar para resolver os problemas. Agradecíamos que a senhora ministra marcasse o mais rápido possível a reunião para debater assuntos sérios que envolvem a vida de pessoas que estão preocupados com o sistema prisional e com a segurança das cadeias portuguesas”, acrescentou Frederico Morais.
*Com Lusa













